Por Voz do Movimento
- “Rebeldia necessária pra fazer comunicação popular”, com esse chamado que o setor de juventude e comunicação do MST da regional Extremo Sul da Bahia, realizou entre os dias 13 a 15 de Julho a I Oficina de Comunicadores Populares: Despertando a Rebeldia do @vozdomovimento.
Com muita animação, expressão e participação os jovens estudaram e conheceram novas concepções culturais, sociais e políticas.
A oficina aconteceu na Escola Popular de Agroecológia e Agrofloresta Egídio Brunetto, município de Prado, e contou com cerca de 65 Jovens oriundos de assentamento e acampamentos da Reforma Agrária.
Durante os três dias de atividades os participantes mergulharam no universo da comunicação popular e experimentaram novas alternativas através da fotografia, áudiovisual, designer gráfico, mídia jornalística, lambe-lambe, batucada e identificação de placas.
Também debateram sobre a influência da mídia na atual conjuntura política e métodos organizativos do MST.
A partir das oficinas, a juventude propôs como objetivo fazer uma provocação à sociedade quanto aos desafios encontrados para a democratização da mídia, além de fortalecer a comunicação popular.
Segundo Izelia da Silva, do setor comunicação regional do MST, as oficinas tiveram como objetivo preparar a juventude para o enfrentamento aos grandes meios de comunicação hegemônicos e desburocratizar a mídia.
“Prepar a nossa juventude é fortalecer a comunicação popular como ferramenta de luta” conclui Silva.
As temáticas discutidas trouxeram reflexões e denuncias sobre o golpe midiático e sobre a importância da participação dos jovens no fortalecimento de meios de comunicação popular.
Comunicação Popular e métodos de trabalho com os jovens
“Durante os três dias, os jovens comunicadores construíram conhecimento através de aulas teórica e práticas e aperfeiçoaram suas experiências no campo da comunicação popular”, afirmou o jovem Sem Terra Sávio Sueds.
Para Carlos Eduardo Pereira do setor de comunicação da EPAAEB, a metodologia desenvolvida possibilitou atrair as expectativas da juventude na comunicação popular a partir da realidade camponesa e o debate sobre a agroecologia.
“Através de debates, dinâmicas e oficinas para trabalhar no campo da tecnologia, informação e comunicação que iremos criar alternativas para construir a prática de comunicação, cultura e arte popular a partir da realidade dos assentamento e acampamento da Reforma Agrária” explicou Eduardo.